Um quase amor

 

O amor machuca, sendo errado ou certo. O pior foi ter descoberto isso da pior maneira. Aconteceu há alguns dias, fui ao encontro de um garoto que eu supostamente amava. Quando nos vimos, nos abraçamos nos beijamos e ele olhou para mim de uma maneira diferente. Mas, a alegria durou pouco. Antes ao telefone ele me disse que precisava falar comigo, e pelo tom de sua voz vi que era uma coisa seria. Imaginei mil coisas, como um pedido de casamento afinal estávamos juntos há certo tempo. Perguntei-o que ele tinha a me dizer. Ele começou a falar, falou que me amava muito, mas que depois dos últimos acontecimentos ficar comigo não seria mais uma opção e que todo o amor estava se perdendo. Eu sem entender continuei a ouvi-lo. Ele disse que ficou noites e mais noites sem dormir direito tentando encontrar uma razão que explicasse tudo, mas suas tentativas foram em vão. E depois de cada término de frase eu o perguntava o porquê e ele continuava seu diálogo como se eu não estivesse ali. O sorriso que antes era notável de longe foi transformado em tristeza, em lágrimas. Ele segurou minha mão e falou que a nossa história nunca seria esquecida, que ele só tinha lembranças boas para guardar sobre ela.  Mais para que ela continuasse assim era preciso terminar agora antes que as brigas sem sentido comecem a fazer sentido, antes que um dos dois saisse ferido. Eu o perguntei como ele esperava que eu não ficasse ferida, ele me respondeu com um silêncio. Peguei minha bolsa e fui embora. Ele não foi atrás de mim.  Já em casa me tranquei no quarto, e chorei até minhas lágrimas secarem. Fiquei me perguntando como isso aconteceu como um relacionamento que parecia tão certo se acabou em menos de um dia, e sem uma explicação aceitável.  Como o amor da minha vida não seria mais meu, como. Adormeci com mil pensamentos na cabeça, quando acordei não senti ânimo para fazer nada.  Dias e dias se passaram e aqui estou eu, continuo inconformada, mas meu ânimo votou e meu sorriso volta aos poucos.